AI, AI, AI... Aqui está abril, e sua doçura! - por Patrícia Salin
Psicologia

AI, AI, AI… Aqui está abril, e sua doçura! – por Patrícia Salin

Posso falar a verdade? Devo não é mesmo?! Tem coisa melhor que chocolate? Eu quando penso em Páscoa, penso em chocolate. Católicos, que também sou, que me perdoem a honestidade, pois compreendo que a componente mais importante deveria ser a religiosa, partindo da premissa de ser um feriado religioso, mas vem-me logo à cabeça que na Páscoa vou poder comer, aquilo que me limito o ano todo, muito chocolate! Eu sei, há muita gente que não gosta, mas até agora não entendi como!!! Peco, infelizmente mil vezes com a gula! E neste abril, que para mim será o mês mais doce do ano, ahh… hei de pecar comendo uns chocolatinhos a mais!!!

É bem certo que pensar que existe uma janela no nosso calendário para permitirmos a tendência das guloseimas dá-nos uma euforia imensa e é muito mais saudável do que as comer de forma indiscriminada ao longo do ano. O chocolate é uma guloseima que está em todos os seus feitios carregados de açúcar, mas nem todos, felizmente! No entanto, sendo este alimento doce e cheio de açúcar deve ser consumido de forma moderada e racional, e muitos vão defender o consumo zero! Pois já sabemos e está provado de modo científico que o consumo excessivo de açúcar é um dos maiores inimigos da nossa saúde, ele tem tantas contra indicações, que acredito que só se salva seu sabor, que de facto é doce, bem doce, e alegra as papilas gustativas, a massagear o cérebro, o inundando de um satisfação furtiva! O açúcar, assim como tantas outras substâncias, é extremamente viciante. Ele causa nas pessoas uma carência de consumo, quase que incontrolável, pois ele desperta a produção de um hormónio chamado dopamina, que é responsável pela sensação de prazer e contentamento, causando cada vez mais uma maior necessidade de ingestão. Se seu maior defeito e prejuízo fosse engordar por exemplo, seria bem pequeno perto do mal que de facto o seu uso exagerado pode ter, nomeadamente interferência em várias situações no organismo, desde cáries até doenças graves como diabetes e cancro. Ele traz de facto muitas indicações negativas, falo aqui no caso específico do açúcar branco, refinado, pois há vários tipos de açúcar assim como algumas origens, para não falar em adoçantes artificiais. Este branco é algo sem nenhum valor nutricional, mas com certeza que existem melhores opções e com alguma propriedade, como por exemplo os que provém das frutas. O melhor a ser feito é sempre procurar se informar com um profissional da área da nutrição qual o tipo pode comer e daí perceber a quantidade.

Mas voltando ao chocolate e aos prazeres momentâneos que ele causa e há de causar em muita gente nesta Páscoa, o que fazer para conseguir conter a gula e os excessos? Será a pergunta chave de muita gente que está a tentar começar aquela dieta que iniciaria em 2017, e já lá vamos em abril, e nada ainda… A resposta é: pode-se sim programar o cérebro de maneira a aceitar novos formatos e se produzir uma nova postura frente as tentações que a vida gourmet controla. O primeiro passo sempre será determinar um objetivo, pois não há traço sem um propósito final, não haverá segmento sem nenhuma finalidade. Temos que ter um porque, um motivo, uma razão para mudarmos nossa condição de escravos das tentações a passar para controladores da nossa rotina alimentar, de forma saudável e equilibrada! Se o seu motivo for estético já tem um bom motivo, se for para ter mais saúde tem um motivo melhor ainda, e se for, já está em causa uma doença, aí será imprescindível que altere a sua forma de estar e procure rapidamente essa modificação no seu plano alimentício. Tendo traçado seu objetivo, agora trace como você vai implementar esse objetivo, ou seja, o que é necessário para que ele de facto seja executado. Não adianta querer fugir, tem que se aprender a viver com e saber quando e como usar. E ao falar em específico do açúcar, e quem o diz, poderia ser a gordura, ou a lactose para quem é intolerante, enfim, qualquer substância que venha a se tornar maléfica na sua rotina alimentar (e isso volto a informar, que só um profissional dessa área lhe pode indicar precisamente o que fazer, pois aqui estou a tentar ajudar de forma que se mude o psicológico e não o físico), não vale pensar que podemos excluir esses alimentos da nossa vida, pois estes podem até não estar na nossa dispensa lá de casa, mas está na casa daquela pessoa que vai visitar, está no café, na pastelaria, está no mundo e precisa ser alvo da nossa atenção enquanto escolha, se a queremos ou não na nossa vida, porém não será mais alvo da nossa vontade, se assim o determinarmos. E implementar esse objetivo é mesmo isso, fazer escolhas, trocas de forma saudável, para que possamos garantir um bom desempenho da tarefa nada árdua que é modificar um pensamento e suas consequências. Pois quando pensamos que queremos mudar, precisamos transformar nosso “eu” para melhorar uma condição, temos que compreender que essa mudança causará perdas, mas com certeza trará ganhos. E mudar significa alterar suas escolhas no dia a dia, contemplar e não consumir, contrariar seus maiores impulsos e provocar em si um poder de se autorregular, de autocontrole emocional. Mas como? Como posso ser mais forte que o meu desejo de comer algo tão irresistível para mim?! Não é fácil, mas tendo outras escolhas, será menos angustiante. Se você vai ao café e lá só tem doces e está numa de não os comer, o que se faz numa hora dessas? Exatamente aquilo que falei acima da implementação do plano, do objetivo, coma antes de ir, não teve hipótese? Leve algo saudável consigo, nada de achar feio. Não quer levar? Ou não pode? Faça a melhor escolha dentro dos seus objetivos ou aguarde até chegar num lugar onde essa escolha possa ser bem apreciada. É importante ter boas escolhas à mão, senão a mais fácil sairá vitoriosa, pois o poder que o vício lhe infere é demasiado grande, nem que seja o simples vício do ato em si.

Já estando traçado o objetivo e a maneira que vai ser desenvolvido, vamos à parte mais importante para um grande êxito, as consequências. O ser humano só se alivia e se sente feliz quando percebe o ganho que está a ter com todas suas possíveis privações. É o que de facto alimenta o corpo e o espírito, é a satisfação em ver resultados, ainda mais quando vem em larga escala! É quase como ganhar na loteria, é perceber que toda luta está a ter mérito. Portanto, quando somos donos das nossas escolhas, somos merecedores das consequências que elas nos trazem. Logo, se precisa por exemplo emagrecer e escolhe melhorar a sua dieta, alterando o seu valor nutricional, terá bons resultados desde que leve a sério e esteja de facto determinado. Mas, caso falhe, não entregue a luta como vencida, continue logo a seguir, recomece do zero no minuto seguinte à falha, não se abale. A vida é feita de constantes erros e acertos. Às vezes conseguimos obter um, as vezes o outro, mas o que importa é tentar e isso implica tentar a todo instante. Não desistir do objetivo. Persistir sempre…. Errou, recomeça. Acertou, continua. É tão satisfatório ver obter cada vez mais resultados. Tenha sempre em mente que a resposta está em você e só você pode fazer as suas escolhas. Dica: leve-as consigo. Isso mesmo, leve as escolhas. Tenha-as próximas, ao alcance da mão para não falhar.

E pensando novamente em chocolate, quem puder que coma, mas com moderação hein pessoal! Mas quem não pode ou não deve, atenção! Procure alternativas, pois existem muitos doces saborosos que não lhe farão mal! Comer não pode ser seu maior prazer, mas as consequências desse ato sim!!! Procure ajuda de um profissional! Seja feliz com suas opções! Cuide-se! Ame-se!
Bem haja e Feliz Páscoa!!!

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