Adeus Rio. Olá Tóquio
Desporto

Adeus Rio. Olá Tóquio

 

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Chegou ao fim a 15.ª edição dos Jogos Paralímpicos, os primeiros da América do Sul, que contou com um total de 4350 atletas, em representação de 160 países. Modalidades foram 22.
Se em Londres 2012, os Jogos foram um sucesso, tendo sido mesmo considerados os melhores da história, no caso do Rio, foram vários os problemas que afetaram a organização dos Jogos de 2016. Sobretudo, financeiros, com um corte assumido no orçamento paralímpico, que levou a que, por exemplo, o número de voluntários fosse de apenas 15 mil, quando nos Jogos Olímpicos foi de 40 mil.
Ainda assim, apesar de todas as previsões pessimistas, os Jogos Paralímpicos revelaram-se um sucesso. Não tiveram sempre os estádios cheios, como nos Jogos Olímpicos, nem tantos recursos à disposição, mas tudo correu dentro da normalidade. Após onze dias de competição, os XV Jogos Paralímpicos de Verão chegaram ao fim com a cerimónia de encerramento.
Agora é tempo de passar a bandeira do Comité Paralímpico Internacional à cidade de Tóquio, que recebe a próxima edição dos Jogos, em 2020.
Como nos Jogos de Londres, a China foi a grande vencedora da competição com 239 medalhas (107 de ouro), doze a mais do que há quatro anos. Reino Unido, Ucrânia, Estados Unidos e Austrália completam o quinteto de honra. Os anfitriões ficaram com o oitavo lugar, com 72 medalhas, 14 delas de ouro.
Portugal terminou estes jogos com mais uma medalha do que em Londres 2012. Foram quatro de bronze no total, que garantiram à comitiva lusa o 73º lugar na classificação do medalheiro paralímpico.
Os Jogos serão recordados “como um sucesso que surpreendeu o mundo”, apesar do trágico falecimento que ofuscou o seu final, disse o presidente do Comité Paralímpico Internacional, Philip Craven. Os jogos Paraolímpicos decorreram entre os dias 7 e 18 de setembro.

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Comitiva portuguesa conquista quatro medalhas e garante 25 diplomas
Portugal levou para o Rio de Janeiro uma comitiva composta por cerca de 37 atletas, em sete modalidades diferentes: Judo, tiro, atletismo, natação, boccia, equitação e ciclismo.
#SemPena2016 foi o lema da comitiva portuguesa que pretendia derrubar barreiras e acabar com a pena que é associada ao facto destes atletas sofrerem de limitações e deficiências físicas.
Portugal contou com um maior número de atletas nas modalidades de boccia e atletismo. Entre as principais figuras, o atleta José Macedo, que competia na modalidade de Boccia na categoria BC3, um dos atletas mais cotados da comitiva portuguesa com cinco medalhas olímpicas. E Lenine Cunha, no Salto em Comprimento, uma espécie de Ronaldo do desporto adaptado que já conquistou dezenas e dezenas de medalhas na carreira.
Lenine Cunha vem dominando o mundo do atletismo adaptado desde que começou a sua aventura na modalidade, o que faz dele o atleta mais medalhado de sempre. Aos 33 anos, pretendia deixar novamente a sua marca no Rio de Janeiro. No entanto, o português terminou na sexta posição a final do salto em comprimento F20 (deficiência intelectual), numa prova dos Jogos Paralímpicos Rio2016 na qual o malaio Abdul Romly bateu três vezes o recorde mundial.
No global, o presidente do Comité Paralímpico de Portugal considerou que os Jogos Rio2016 vão ficar para a história do desporto luso. Num balanço logo após o final das competições, Humberto Santos destacou o facto de Portugal sair dos Jogos Rio2016 com quatro medalhas, todas de bronze, superando as três conseguidas há quatro anos em Londres2012.
Nos Jogos Paralímpicos Rio2016, subiram ao pódio Luís Gonçalves, nos 400 metros T12 (deficiência visual), Manuel Mendes, na maratona T46 (deficiência motora), José Macedo, no torneio individual de boccia BC3 e a equipa de boccia BC1/BC2, constituída por António Marques, Abílio Valente, Fernando Ferreira e Cristina Gonçalves.

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Além das quatro medalhas, os atletas garantiram 25 diplomas, número também superior aos 16 conseguidos em Londres2012.
Após a sua nona participação paralímpica, Portugal soma agora 92 medalhas paralímpicas, com o atletismo a liderar o número de conquistas, com 53, seguido do boccia, com 26.

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