Diogo Piçarra - Tempo de recolher ao seu Abrigo
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Diogo Piçarra – Tempo de recolher ao seu Abrigo

Diogo Piçarra decidiu recolher-se para um tour exclusivo em palcos mais intimistas, que marca o lançamento do EP “Abrigo”, que conta com 3 músicas inéditas, entre as quais o single “Paraíso” que rapidamente se tornou num dos seus maiores sucessos. Diogo Piçarra é, atualmente, um dos nomes maiores da música portuguesa e esta será a primeira vez que se apresenta num formato intimista, o que permite uma maior proximidade com o público.

Diogo Piçarra - DR

Revista Amar: Como é que encontramos agora o Diogo Piçarra depois do lançamento deste “Abrigo”?
Diogo Piçarra: Este formato também é uma novidade para mim, um formato mais acústico, mais calmo. Essencialmente revisitei algumas músicas que eu não costumava cantar e, de certa maneira, também as reconstruí todas para este ambiente mais acústico, mais acolhedor. E, sem dúvida, este é um concerto que também envolve mais as pessoas, por isso mesmo o nome é bem-vindas aqui ao meu “Abrigo”, onde tudo pode acontecer. Não há um guião, podemos cantar músicas que não costumo cantar, as pessoas podem falar, eu falo com as pessoas. É diferente e divertido, de uma certa maneira.

RA: Foi tão diferente que lançaste este novo trabalho, o EP, e foi uma autêntica surpresa para os fãs.
DP: Foi sem dúvida uma surpresa para os fãs. Era mais numa de ter algo novo antes da tournée de 2018 e então lancei os temas: “Paraíso”, “Era uma Vez” e “Abrigo” dentro de um EP e, de repente, a “Paraíso” começa a tocar na rádio, começa a tocar em telenovelas, atinge milhões e milhões (agora creio que está em 7 milhões de visualizações no Youtube) e eu nunca esperei que fosse um sucesso. E simplesmente lancei o EP para ter algo novo para apresentar nessa tournée de verão e agora, de repente, já estou a fazer uma tournée com o nome desse EP. A música “Paraíso” é das mais pedidas neste momento e foi, sem dúvida, uma grande surpresa essa canção.

RA: Neste formato, com que andas a percorrer o país, fazes uma nova roupagem nos temas. É difícil transformá-los e dar-lhes este cariz mais acolhedor e mais intimista?
DP: Eu acho que é um bocadinho o voltar à essência do tema. As músicas foram construídas desta maneira, apenas com uma guitarra e um piano. Por isso trata-se de mostrar, mais ou menos, às pessoas como é que soaria uma música como o “Dialeto” sem tanta eletrónica em cima. Como é que surgiu a canção… e a canção surgiu assim, apenas com uma guitarra, apenas com a voz e este concerto é isso mesmo. É quase como revisitar os temas e mostrar como é que eles surgiram, antes de toda a produção e toda a magia.

RA: Neste EP que lançaste, os três temas então ligados entre si? A métrica e a música estão interligadas?
DP: Sim, sim, essencialmente, os videoclips estão interligados. Começa em “Era uma Vez”, a continuação da história é na “Abrigo” e acaba com a “Paraíso”. Uma espécie de uma história. A atriz também é a mesma, a Paula. E realmente quis fazer três videoclips de uma vez só. Foi um grande desafio. Eu costumo realizar os meus vídeos, mas não assim, três de uma assentada. Foi, ao mesmo tempo, divertido fazer isto com o meu irmão e com uma boa equipa.

RA: Podemos dizer que esses três temas podem juntar-se num “Era uma vez um abrigo no paraíso”?
DP: (risos) Sem dúvida. Nunca pensei fazer trocadilhos, mas resulta na perfeição esse tipo de frases.

Diogo Piçarra - DR

RA: São temas inteiramente produzidos por ti. Sentes-te confortável na produção total dos temas?
DP: Ah sim, sem dúvida. É um grande desejo meu fazer um álbum só produzido por mim. Ainda está um bocadinho longe disso acontecer. Como eram apenas três temas achei que tinha essa capacidade e quis também arcar com essa responsabilidade de fazer tudo sozinho, mesmo os videoclips e as canções e, de certa maneira, apresentar, pela primeira vez, um trabalho feito, composto e produzido por mim. Agora num próximo disco, ainda não vai acontecer isso, não vou fazer o trabalho sozinho. Há sempre muitas pessoas a ajudar e, felizmente, existem muitos produtores a quererem trabalhar comigo, mas o meu desejo é, num futuro próximo, fazer um álbum apenas produzido por mim.

RA: Três anos passados – repletos de sucessos, grandes prémios, grandes palcos. Quais são os planos a longo prazo?
DP: Mais palcos (risos), mais prémios não é um objetivo é sempre uma consequência do bom trabalho e também de muitas pessoas a apoiar, e muitas pessoas a partilharem as minhas canções. Sem dúvida, é mais palcos, muitas canções e também espero mais colaborações – algumas estão para breve, mas ainda não posso revelar. Ainda tenho muitas músicas para lançar antes de um disco em forma de dueto com outras pessoas, com outros artistas. O mais recente é com a Ana Bacalhau, mas ainda tenho muitos mais por vir. E claro, um terceiro disco já está no forno, será talvez no final deste ano 2019 e depois sim voltar à carga em 2020 e espero que a tournée de 2020 inclua o Canadá.

RA: E por falar em Canadá, queres convidar os portugueses que residem no Canadá a entrarem no teu “Abrigo”?
DP: É isso, fica aqui o convite a todos os portugueses que estão a ler esta entrevista e que percebem esta transformação que é afinal este abrigo que construi para nós. Estão todos convidados a juntarem-se a nós e espero um dia levar este “Abrigo” a vocês aí no Canadá. Por isso, um grande abraço e obrigado a todos por este apoio.

Paulo Perdiz

MDC Media Group

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