Ana Margarida de Carvalho
Autor Português

Ana Margarida de Carvalho

Ana Margarida de Carvalho é jornalista e escritora. Filha do escritor Mário de Carvalho, é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa.

Jornalista, foi distinguida com 7 prémios de reportagem. Trabalhou durante 25 anos na revista Visão, onde foi editora e grande repórter. Colaborou com diversas publicações: Jornal de Letras, Revista Ler, Marie Claire, Egoísta, Colóquio Letras assim como com o canal televisivo SIC. Fez crítica cinematográfica no blog Final Cut (do qual foi fundadora) e na revista Visão. Integrou, em diversos anos, o painel de jurados do ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual) para atribuição de subsídios nos concursos de produção de longas-metragens, documentários e desenvolvimento de guião. Durante dois anos, assinou a crónica semanal «Conversas de Elevador», no site da revista Visão.

 

revista amar - ana margarida de carvalho
Créditos: Diretos REservados

 

O seu primeiro romance Que Importa a Fúria do Mar valeu-lhe o prémio APE 2013. O mesmo livro foi finalista nos mais prestigiados prémios relativos à data de edição.

Tem reportagens, contos e poemas espalhados por várias publicações e coletâneas e um livro infantil chamado A Arca do É, com o ilustrador Sérgio Marques.

Não se Pode Morar nos Olhos de um Gato é o seu segundo romance e foi considerado livro do ano 2017, nomeado pela SPA, e vencedor do Prémio Manuel Boaventura.

É autora do prefácio de Alexandra Alpha, de José Cardoso Pires, numa reedição da Relógio D’Água, em 2015.
Em 2017, foi-lhe atribuída uma bolsa anual de criação literária pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB).

Realiza várias oficinas e workshops na área da literatura e da escrita criativa.

Publica, em 2019, o seu terceiro romance, O Gesto que Fazemos para Proteger a Cabeça.

 

Obra Literária

“O Gesto que Fazemos para Proteger a Cabeça” de de Ana Margarida de Carvalho 

 

Sinopse

Dois homens caminham. Um chega à terra para matar saudades do mar; outro supera um carreiro íngreme com uma carga de azeitonas. O primeiro vem vergado ao peso da vingança. O segundo ao da sobrevivência. Cruzam-se numa estrada, perdida, no Alentejo, junto à fronteira.

De Espanha chegam os ecos dos fuzilamentos e os foragidos da Guerra Civil. Transaccionam-se mercadorias, homens, mulheres e até bebés. No espaço de um dia, que medeia dois entardeceres, muitas mulheres de cabelos ensarilhados pelo vento hão-de conspirar num velho depósito de água rachado; duas amigas separam-se e unem-se por causa de um homem que se dissolve na lama. Um rapaz alentejano voltado para as coisas da existência é por todos traído, mas não tem vocação para desforras, e perde o falcão, a sua máquina alada de matar…
Duas comunidades antagónicas, que se hostilizam, guerreiam e dependem uma da outra: uma à míngua, entre vendavais e pó; outra prospera, em traficâncias várias, cercada por pântanos, protegida por um tirano local e pela polícia política, abriga todos os rejeitados pela sociedade, malteses, republicanos espanhóis, fugitivos, cuspidores de fogo, ciganos, artistas de circo, evadidas de conventos, bêbados e arruaceiros. As velhas acusações transformam-se, a guerra tem renovados motivos, a raiva escolhe outros métodos. O grito do corpo continua o mesmo, tal como o gesto que fazemos para proteger a cabeça.

Informação: WOOK

Redes Sociais - Comentários

Ver também
Fechar
Botão Voltar ao Topo