Page 10 - Revista Amar - Edição Online - Janeiro 2016
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Fotos: Revista Amar Família Happy Bakery & Pastry
Na edição de janeiro, a Revista Amar foi mas refere que o seu espírito inovador e per- QUALIDADE
mais uma vez à procura de exemplos severante é o que realmente terá contribuído A Happy Bakery é conhecida pela maneira
de sucesso no seio da nossa comuni- para o desenvolvimento das suas qualidades como aborda a confeção dos seus produtos.
dade. como cozinheiro e pasteleiro. A paixão sem- A qualidade tem um papel especial no desen-
David Pereira, agora com 32 anos, é o con- pre existiu e as qualidades foram desenvolvi- volvimento do seu negócio e, nesse particu-
vidado deste mês para nos falar um pouco das ao longo do tempo. lar, David diz que faz parte da sua maneira
sobre si e a Happy Bakery & Pastry, situado Aplica a mesma filosofia quando seleciona e de ser poder oferecer o melhor aos seus clien-
no Galleria Mall em Toronto, negócio que ad- treina os seus empregados. Refere que tudo tes, dentro das possibilidades óbvias que em
quiriu por completo nos últimos anos, depois se pode aprender, mas é preciso vontade, e qualquer estabelecimento comercial tem.
de pertencer à família durante quase uma dé- acima de tudo, uma atitude muito positiva
cada, em que o seu pai e as tias eram proprie- que ofereça aos clientes o serviço que dese- “Não interessa vendermos mais barato,
tários desde 2005. jam. se a qualidade não for boa, por isso ela
tem um papel importantíssimo no nosso
“Na altura era um negócio tradicional, “Orgulho-me de ter um grupo de traba- negócio.”
em que havia mais familiares que empre- lho que todos os dias dá o seu melhor
gados… [risos]” para servir os clientes da maneira que Refere que tem custos, mas não é difícil man-
devem ser tratados num estabelecimento ter a qualidade dos produtos. Basta para isso
David, que estudou culinária na Liaison Col- comercial deste género. Não se pode ig- saber selecionar os que mais interessam e
lege, teve a oportunidade em 2013 de se ini- norar a importância de tratar os clientes saber trabalhá-los da maneira correta. Por
ciar nesta aventura, que se haveria de provar como pessoas. Há uma preocupação mui- vezes, não tem que ser necessariamente os
de sucesso para ele e todos os demais que o to grande quando se contrata alguém de mais caros, mas aqueles que dão garantias de
acompanham. Numa altura em que o Galle- perceber se têm o que é necessário para obter o produto final com a qualidade espe-
ria Mall sofria algumas mudanças e perdia incorporar a filosofia desta casa. Acho rada. Por vezes, são os mais naturais, outras
algumas das suas lojas principais, tornou-se que esta foi mesmo a maior mudança os orgânicos, mas acima de tudo o resultado
necessário inovar e adaptar a um estilo novo que quisemos implementar a partir de final é o que importante, para que o cliente
de pessoas, cada vez mais diversificado e exi- 2013. Nesta casa não se trabalha para as possa saborear a diferença.
gente. Foi então que com algumas mudanças gorjetas. Recebem-se gorjetas, porque os
e uma nova atitude, que surge a renovada Ha- clientes se sentem manifestamente sa- “Eu lembro-me de entrar em casas do gé-
ppy Bakery & Pastry, agora direcionada para tisfeitos com o serviço que encontram. nero, ainda antes de ser proprietário da
um leque diversificado de clientes, oferecen- Onde se podem sentar, conversar, passar Happy Bakery, e de perceber na hora que
do não só os tradicionais artigos de padaria e um bom bocado e serem tratados como o produto que me estavam a dar não ti-
pastelaria fina, mas também serviços de re- merecem.” nha a qualidade que eu esperava. Pergun-
feição, que sempre foi a paixão de David. tava-me porque haveria de pagar algo
Desde cedo, refere, teve a curiosidade de Carmen Moniz, Ana Catarina, Stephanie àquele preço quando era óbvio que não
acompanhar a mãe e avó nas suas tarefas na Marta, Linda Faria e sua mãe, Isabel Perei- tinha qualidade. As pessoas percebem
cozinha. ra, são as caras da Happy Bakery, em quem muito bem a diferença, principalmente
David deposita a maior confiança, e não quis quando já tiveram oportunidade de expe-
“Lembro-me de andar de roda da minha deixar de agradecer o seu empenho e dedica- rimentar produtos com qualidade. Penso
mãe e da minha avó e esperar que elas ção àquilo que considera ser um estabeleci- que tem que ver acima de tudo com uma
virassem costas, para poder pôr o dedo mento ao serviço dos seus clientes. estratégia de negócio, de tentar cortar
no tacho e provar os seus cozinhados… custos e de oferecer um serviço de quali-
[risos]” “Queremos que os nossos clientes se sin- dade mais baixa. Na Happy Bakery todos
tam como se estivessem em casa de ami- os produtos são feitos a pensar em sa-
A fase de aprendizagem na Liaison College gos.” tisfazer o cliente. Veja-se por exemplo a
foi importante para o seu amadurecimento, nossa pastelaria, que é confecionada em
lotes pequenos e não em série. O cliente
10 ao levar um desses produtos sabe que foi
feito há 15, 20 minutos apenas. Só assim
se pode garantir que o cliente sai da nos-
sa casa satisfeito, mesmo que isso signifi-
que, em alguns casos, uma margem redu-
zida de lucro.”
FUTURO
Mas o futuro da Happy Bakery no Galleria